quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

existem um grupo de seres vivos que se lançam furiosamente sobre os carros, com aquela expressão no rosto de quem são donos do Mundo. Ou pelo menos, não o sendo, naquela pequena parcela de território, e naquele momento, deveria parar a rotação, a translação, todas as inspirações suspenderem-se para que vitoriosamente chegassem à outra margem.
poderíamos pensar que estão zangados, porque não têm carro, e então teríamos os invejosos.
poderíamos pensar estão atrasados, a família à espera, e então teríamos os oprimidos.
poderíamos pensar, estão ali há segundos e ninguém é suficientemente amável para os deixar passar, e então teriamos as vitimas da bomba atómica.
poderíamos pensar, são da cáfila do sócrates e se não os deixamos passar, logo, logo, sai uma lei que nos obriga a irmos chamá-los a casa para atravessarem.
pelo sim, pelo não, caro automobilista, se conduzir estacione!

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